Ela quer conquistar EUA e Canadá com sapatos coloridos e veganos

Insecta Shoes saiu do casulo quase por acaso. Em janeiro de 2014, a empreendedora gaúcha Barbara Mattivy, 34 anos, costurou alguns sapatos com sobras de roupas de seu brechó, em Porto Alegre. As estampas coloridas, assim como a proposta de fazer calçados veganos, chamaram a atenção dos clientes. Ao farejar ali uma oportunidade, ela investiu R$ 20 mil para produzir um lote inicial de cem pares e estruturar um e-commerce para a marca. A primeira loja de rua da Insecta seria inaugurada um ano depois, na região central da cidade.

O sucesso das vendas online para consumidores de São Paulo levou Barbara a abrir uma pop-up store na capital paulista, no final de 2015.

A lojinha temporária vendeu mais de 400 pares no Natal daquele ano. O passo seguinte foi inaugurar um espaço permanente de 40 metros quadrados na cidade, no bairro de Pinheiros, conhecido pelos frequentadores de perfil jovem e descolado.

A região se mostrou adequada para a marca vegana. Em 2018, a operação se mudou para um espaço de 200 metros quadrados, em uma rua próxima. O ano terminou com um faturamento de R$ 2,8 milhões — e a expectativa é que o valor aumente em 30% em 2019. O atual volume de produção é de mil pares por mês.

Em abril, Barbara — que se define “uma vegana com pequenas escapadas” — se mudou para Toronto, no Canadá, para comandar o novo centro de distribuição da Insecta.

A aposta é ganhar os mercados americano e canadense. No primeiro mês da empreitada, a marca vendeu 200 pares para esses países.

Calçados da Insecta Shoes (Foto: Divulgação)

A estratégia internacional inclui ainda parcerias com outras lojas de produtos veganos, como a Vaute, em Nova York, a Aujourd’Hui, em Paris, e a Amapola, em Barcelona. “O mercado estrangeiro é mais maduro em relação ao veganismo e à sustentabilidade. Produtos que juntam design e propósito têm ótima aceitação nos EUA e na Europa”, ela diz.

Um passo de cada vez
A trajetória da Insecta mostra que projetos de expansão devem ser feitos com responsabilidade, de acordo com a resposta do público aos produtos e serviços. Um bom caminho é testar a ideia com operações enxutas, antes de explorar mercados mais competitivos — e até internacionais.

Fonte: PEGN

Compartilhar

Últimas Notícias