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Estudante do interior de SP é uma das 8 mulheres aprovadas no vestibular do ITA, um dos mais concorridos do país: ‘Sonho realizado’

Ver o nome na lista dos aprovados no vestibular do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e receber a tão aguardada ligação com a comprovação significaram momentos de celebração, acompanhados por lágrimas de emoção, para uma estudante, de 21 anos, natural de Catanduva, interior de SP.

A lista foi divulgada no dia 19 de dezembro e, no total, 150 estudantes alcançaram as vagas após concorrerem contra 9.076 candidatos inscritos. Entre eles, está Rafaela Buainain Luiz que, depois de seis tentativas, foi aprovada em 16º lugar, a melhor entre as candidatas mulheres que optaram pela carreira militar.

Além de Rafaela, apenas outras sete mulheres foram aprovadas no exame, considerado um dos vestibulares mais difíceis do país, devido ao nível de conhecimento abordado na prova.

Por isso, a jovem disse ao g1 que não conteve as lágrimas quando ouviu o celular vibrar com a ligação da professora da instituição (assista ao vídeo do momento acima). Tradicionalmente, os aprovados são avisados por telefone pelo ITA. Depois, a lista é divulgada pela internet.

“Minha mão começou a tremer, minha perna perdeu a força. É literalmente a sensação de ter o sonho realizado. Imediatamente veio na minha cabeça os vários anos que eu sonhava com essa ligação. Foi muito gratificante. O sentimento de receber a ligação da aprovação é uma das coisas mais mágicas que alguém pode sentir”, relembra Rafaela.

Além do ensino médio, a jovem cursou outros quatro anos de cursinho. Neste ano, Rafaela explicou que estava confiante com o resultado positivo, já que se dedicou integralmente aos estudos e nas questões do vestibular.

Preparação

 

Assim como nos anos anteriores, a estudante precisou aprofundar o conhecimento em matérias como química, física, matemática e português, que são as disciplinas abordadas no vestibular. Dessa forma, intensificou a rotina de estudos.

“A rotina para aprovação era basicamente acordar e estudar muito. Mas, a prova do ITA varia muito de um ano para outro, não tem um padrão. Então, não é só sobre ter conhecimento e saúde emocional”, reforça a jovem.

A trajetória, contudo, não foi linear. Ao contrário, Rafaela revelou que por diversas vezes sentiu a pressão de enfrentar um vestibular complexo como o do ITA. Inclusive, pensou em desistir e trocar de curso.

Quando pequena, a jovem lembrou que pensou em cursar medicina. Mas, com os anos, descobriu a vocação para a física e matemática. Então, cogitou trabalhar como engenheira de foguetes, satélites e até ser astronauta. A escolha do ITA, portanto, está alinhada com a paixão pelas exatas e com o que almeja para o futuro.

Agora, Rafaela lida com o próximo desafio: conquistar boas notas para poder escolher o curso que pretende seguir. Isso porque, conforme ela explicou, o vestibular garante a entrada na faculdade, mas a graduação só poderá ser escolhida depois do segundo ano, de acordo com o desempenho do aluno.

 

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