Mais IA e menos emprego?!

Os benefícios da Inteligência Artificial (IA) vão – aos poucos – fazendo parte do nosso dia a dia, porém, com o rápido avanço tecnológico, o ritmo da IA deve ganhar mais velocidade e estacionar de vez na nossa vida. Por um lado, isso é incrível! Imagine, por exemplo, os robôs fazendo um monte de coisas que hoje somos nós os responsáveis?! E passaríamos o tempo nos dedicando a estudar música, cuidar da saúde ou fazer qualquer outra coisa pessoal?

Gente e humanoide

Uma notícia no site R7 me chamou a atenção!  A matéria aborda o uso de robôs humanoides na assessoria às enfermeiras, que acabam sobrecarregadas, por desempenharem muitas atividades que não estão diretamente ligadas à saúde, como por exemplo, ajustar a temperatura do ar-condicionado, mudar o canal da TV ou outra situação similar ligada ao bem-estar do paciente. Então em pouco tempo esses “trabalhadores de fios, cabos e software” devem invadir os hospitais e outros ambientes para auxiliarem os humanos. E assim, contribuir para facilitar a vida de todo o mundo.

De acordo com a reportagem os robôs humanoides possuem IA que funciona por meio de um software similar aos assistentes virtuais como Siri (Apple) e Cortana (Microsoft), bem diferente dos robôs convencionais. Aqueles que a gente vê nas fábricas, exemplificando. A diferença marcante acontece quando um humanoide passa a compreender perguntas e escolher respostas de acordo com cada situação.

Outro grau, outro nível, outro impacto

Até aí tudo parece incrível, mas a gente sempre se esquece do outro lado da moeda. E quando lembra, tem certa vergonha em demonstrar receio ao desconhecido e seus possíveis impactos na maneira em que a humanidade viveu até hoje. Porque fica parecendo que só nós somos “atrasados”. Vejo a turma muito entusiasmada, mas pouco reflexiva!

Claro que quando começaram as embarcações rumo ao novo mundo, aquilo também representou uma ruptura incrível com o modo como as pessoas viviam naquele tempo, mas acho uma imbecialidade querer comparar uma coisa com a outra.

Estamos falando de outra proporção e impacto! Certamente vamos sobreviver a tudo isso! Entretanto, penso que o desafio central será como o humano irá atuar, escolher, decidir e criar legislação diante dos novos estágios tecnológicos, que cada vez mais interferirão na humanidade.  Ah! Bom seria se o comportamento humano acompanhasse o desenvolvimento tecnológico!

A tecnologia na Torre de Babel

Não é novidade que o assunto tem causado reflexões, opiniões e julgamentos. Afinal, a gente vai se baseando em cenários e aí se gera todo o tipo de previsão. Uns acreditam que a AI e toda a tecnologia será altamente benéfica e nos proporcionará viver por mais de 200 anos. Bom, eu ainda não tenho certeza se isso é bom!

Outros, preveem que grande parcela dos terráqueos ficará ociosa, verdadeiros zumbis ambulantes (sem educação e desqualificados). Enfim, cada um tem sua previsão baseada em achismos e algumas pesquisas que não medem o comportamento humano nas principais decisões, nem o cenário global econômico (cheio de novidades e humores) e menos ainda o ambiental, que pode pôr abaixo toda a presunção de quem “acha” que sabe tudo! Coitada da mãe Dinah que deve se remexer no túmulo…

Contratam-se robôs humanoides

Enfim, em relação ao outro lado, esses dias uma outra pesquisa desenvolvida pela Fundação Getúlio Vargas em parceria com a Microsoft* apresenta um cenário nada positivo pros trabalhadores no caso do avanço da IA, pois em 15 anos – e de acordo com o estudo – o desemprego no Brasil pode aumentar 4%.  Barbaridade tchê!

A reportagem é da revista Isto é online e o texto menciona que a pesquisa considerou seis segmentos da economia: agricultura, pecuária, óleo e gás, mineração e extração, transporte e comércio e setor público (educação, saúde, defesa e administração pública).

Também se levou em consideração vários níveis de cenários e a conclusão é que os trabalhadores mais prejudicados no cenário mais agressivo serão os mais qualificados dos setores de óleo e gás e de agricultura. Com reduções nos empregos de 23,57% na primeira área e 21,55%, na segunda.

É o humanoide entrando no mercado de trabalho e a gente saindo pela culatra!

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