As salas de aula têm se tornado um dos terrenos mais férteis para a inovação. Seja pelo estímulo à criatividade, que começa desde cedo, seja pela consolidação de competências técnicas e comportamentais ainda no ensino médio, os profissionais do futuro encaram processos de formação cada vez mais adaptados às necessidades do mercado de trabalho.
Para encurtar os caminhos entre teoria e prática, o Sistema Fiep atua em duas frentes principais. As Oficinas de Aprendizagem, que simulam situações reais da indústria durante a vivência em sala de aula; e a aproximação com empresas que querem inovar nos negócios. A parceria é fortalecida por meio de programas como o INOVA Talentos, iniciativa do Sistema Fiep por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL). Claudia Rocha, consultora de negócios do IEL no Paraná, explica como funciona. “A ideia é simples: selecionar, capacitar e inserir no mercado profissionais para exercerem atividades de inovação. Nosso objetivo é incentivar a criação de projetos de inovação nas empresas e institutos privados de pesquisa e desenvolvimento (P&D)”, conta.
Relação positiva para o futuro dos negócios
Em um mercado cada vez mais competitivo, investir em novas soluções que aliam tecnologia e expertise é um grande passo em direção à inovação. O programa do IEL é realizado em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que é responsável pela captação de projetos e inserção de bolsistas no ambiente industrial.
A relação é de ganha-ganha. As empresas têm acesso a profissionais que poderão ser moldados de acordo com as demandas do negócio e os bolsistas têm formação diferenciada. “O programa qualifica profissionais para execução de projetos de inovação no ambiente empresarial e oferta aos futuros talentos a vivência empresarial para atuar no mercado”, diz Claudia.
Criado em 2013, o INOVA Talentos estimula indústrias e universidades a tirarem seus projetos de inovação do papel. É a oportunidade de criar produtos e serviços totalmente alinhados com as demandas de consumo. De acordo com Fabiany Gonçalves, analista de negócios do IEL no Paraná, a procura por programas assim tem aumentado. “O interesse dos candidatos é grande. Muitos querem atuar em projetos de inovação porque sabem que essa prática permite desenvolver competências essenciais no mercado de trabalho”, destaca.
A gestão de recursos dentro das empresas é apontada como outro positivo pela equipe do IEL. “É possível ter mais de um bolsista ao mesmo tempo. Cada um trabalha por projeto, as empresas conseguem alocar recursos financeiros e técnicos de maneira mais flexível, gerindo os recursos com mais eficiência”, sinaliza Fabiany.
Mercado de trabalho 4.0
O programa do Sistema Fiep por meio do IEL segue uma tendência no mercado de trabalho. A revolução digital tem transformado as formas de produzir e de trabalhar e a preparação de profissionais para atuar nesse cenário garante a longevidade do setor industrial. Para Claudia Rocha, a mudança no perfil buscado pelas empresas já é nítida. “Busca-se cada vez mais profissionais com um perfil criativo e inovador, que possam trazer novas técnicas, conhecimentos e um ponto de vista diferente”, analisa.
Diante disso, o INOVA Talentos vai além da busca por profissionais habilitados. Com um banco nacional de mais de 7 mil currículos, o programa realiza acompanhamentos presenciais para garantir o sucesso do projeto e o desenvolvimento dos bolsistas. “O programa Inova Talentos conta com acompanhamento de coaches e de tutores responsáveis por traçar um plano de desenvolvimento profissional individualizado no decorrer do projeto. Utilizamos ferramentas que trabalham autoconfiança, autodireção, habilidade de relacionamento, criatividade e inovação. A finalidade é que o bolsista tenha oportunidade na empresa onde realiza o projeto e, caso não seja contratado, esteja capacitado para o mercado”, conclui Fabiany.
Fonte: G1