Alimentos da biodiversidade da Amazônia, como castanhas e cumarú (uma baunilha local), além de outros produtos, podem ser adquiridos agora pela Plataforma Digital da Floresta. A iniciativa é do Instituto Certi Amazônia (ICA), braço da Fundação Certi, de Florianópolis, para conectar a bioeconomia amazônica com a indústria e o comércio de Santa Catarina e dos outros estados.
Uma das primeiras organizações que estrearam na plataforma é a Cooperativa Indígena Kayapó de Produtos da Floresta (Cooba-Y), do Sul do Pará. Ela está vendendo castanha do Pará e cumarú.
A CoobaY produz e comercializa anualmente cerca de 200 toneladas de castanha beneficiada e mais 65 toneladas in natura. Entre os itens que produz também está um chocolate amazônico. Além de vender no mercado nacional, a cooperativa exporta e um dos países compradores é a Inglaterra.
De acordo com a Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI), a Amazônia tem potencial para gerar cerca de R$ 1,3 trilhão até 2050. Isso com a exploração sustentável de produtos naturais, conservando toda a biodiversidade.
O Instituto Certi Amazônia (ICA) acredita que essa alternativa de plataforma tecnológica permite facilitar transações online de produtos e serviços amazônicos. A Cooperativa CoobaY informa em seu site que consegue fazer entregas no Brasil em 24 horas.
Na avaliação do diretor geral do Instituto Certi Amazônia (ICA), Marco Giagio, a plataforma tecnológica estimula a preservação ambiental ao facilitar a comercialização digital de produtos e serviços amazônicos. – Ela fortalece a cadeia produtiva como um todo, promovendo uma melhor gestão organizacional e o beneficiamento de produtos, bem como a padronização e a certificação de qualidade dos produtos – destaca o executivo.
Com a plataforma, a expectativa é facilitar a comercialização de itens amazônicos para empresas comerciais e industriais que utilizam esses itens na produção de alimentos, bebidas, produtos fármacos, de saúde e beleza.
– Pretendemos ampliar o alcance da ferramenta, integrando cada vez mais cooperativas para atender a demanda de cerca de duas mil indústrias que demonstram interesse em ingressar nesse mercado – informa Marco Giagio. Segundo ele, ao se cadastrar na Plataforma Digital da Floresta, a empresa pode negociar diretamente com produtores, identificar o fornecedor, a sua localização e a previsão da logística caso o negócio seja fechado.
Fonte: NSC Total.