A empresa sul-coreana Samsung está demitindo cerca de 30% de seus empregados fora do seu país de origem, segundo informações da Agência de Notícias Reuters.
A ação pode ter impacto na Zona Franca de Manaus (ZFM), onde a empresa emprega dezenas de funcionários.
A fabricante de eletrônicos ordenou que suas subsidiárias reduzissem a equipe de vendas e marketing em cerca de 15% e a equipe administrativa em até 30%.
“O plano será implementado até o final deste ano e terá impacto sobre os empregos nas Américas, Europa, Ásia e África. Não está claro quantas pessoas serão demitidas e quais países e unidades de negócios serão mais afetados”, diz a Reuters.
Essa redução do quadro de funcionários chega ao mesmo tempo que o Estado do Amazonas, que abriga cerca de 600 empresas no Polo Industrial de Manaus, é afetado diretamente por uma estiagem severa.
Na visão da economista Denise Kassama, mesmo com a seca, a ação da empresa sul-coreana aponta que houve um planejamento para o ato, e a redução no quadro de funcionários não irá afetar o desempenho final da fábrica na região.
“A seca seca é motivo de preocupação, pois ela tem superado todos os prognósticos. Provavelmente, uma grande empresa como a Samsung teve ter tido algum plano de contingência, como antecipação da produção para evitar o período crítico da seca. Se isso ocorreu, a queda da mão de obra não irá causar grandes impactos”, destacou a profissional.
A economista ainda aponta que a demissão de funcionários também afeta toda a comunidade local, seja direta ou indiretamente.
“A redução de quadros tem um impacto direto no quadro funcional, mas também em escala, atinge toda a rede de fornecedores. Ou seja, além dos trabalhadores que ficarão sem emprego e sem renda, quem fornece refeições, EPI’s, vestuário, transporte, também terá sua renda atingida pela queda no número de colaboradores”, enfatizou Kassama.
Em nota, a Samsung informou que os ajustes na força de trabalho realizados em algumas operações no exterior são rotineiros e têm como objetivo melhorar a eficiência. A empresa disse que não há metas específicas para os planos, acrescentando que eles não estão afetando sua equipe de produção.
O Em Tempo entrou em contato com a assessoria para falar sobre a empresa no contexto da Zona Franca de Manaus, mas até o momento, não houve retorno. O espaço está aberto para manifestação.
Fonte: Em Tempo.