Por Lilian D’Araujo

Silvana Aquino, presidente da ABRH-AM: “o mundo todo discute ESG”

Uma instituição acostumada a grandes eventos no Brasil inteiro, a ABRH  (Associação Brasileira de Recursos Humanos) retomou, oficialmente, sua programação. Após dois anos e meio sem realizar seus encontros, este foi o ano da reconstrução, como gosta de dizer a presidente da ABRH-AM, Silvana Aquino. E a reconstrução veio em forma de um enorme evento duplo. Há poucos dias, a instituição realizou a 19ª edição do Congresso Amazônico de Gente e Gestão e a 19ª Expo ABRH Amazonas. Para falar sobre isso e muito mais, o Trends JC recebeu a presidente Silvana e a jornalista que assessora o evento, Cristina Monte nesta quarta-feira (31).

Marcando a volta da ABRH-AM no circuito dos grandes eventos, o encontro sob a temática ESG: E o impacto nas organizações e sociedade. “Essa temática é muito importante. O mundo inteiro está discutindo isso. Os grandes fóruns mundiais estão discutindo. Todos nós viemos de grandes empresas, multinacionais, onde este assunto já é uma realidade há algum tempo”, explicou Silvana Aquino.

Mas, o que é o ESG. ESG é um conjunto de boas práticas que demonstra o quanto uma empresa está socialmente e ambientalmente consciente em sua gestão. O termo é uma sigla em inglês “environmental, social and governance”, que pode ser traduzido como “ambiental, social e governança”. Dessa forma, cada letra tem um significado prático:

  • Environmental (ambiental): a letra E diz respeito às práticas de conservação do meio ambiente, ou seja, sua atuação sobre assuntos como poluição do ar e água, aquecimento global, desmatamento, emissão de carbono, entre outros;
  • Social: o S representa a forma como a empresa lida com as pessoas, tanto no caso dos colaboradores quanto da comunidade ao seu entorno.
  • Governance (governança): sua conduta corporativa, abrangendo a relação com governos e acionistas, políticas anticorrupção e a existência de um canal de denúncias.

Para as executivas, a pandemia trouxe uma nova urgência em se debater este conjunto de práticas dentro das empresas. “Durante a pandemia, as empresas que não estavam preparadas e fortalecidas em seus procedimentos, sucumbiram”, lembrou Cristina Monte.

A presidente do ABRH-AM explicou que, até mesmo nos EUA, empresas centenárias fecharam por não aguentar a realidade trazida pela pandemia. “Acredito que para a sustentabilidade do negócio, a perenidade, precisamos fazer alguma coisa. Precisamos colocar em prática o ESG. Por que não sabemos quando teremos outra pandemia. Nossas gerações não viram as questões sociais sendo tão discutidas dentro das empresas como agora. Governança também. Quantas marcas centenárias não existem mais? O ESG vem pra discutir tudo isso e colocar num patamar de organização. Como a pandemia foi muito latente, estamos vivenciando isso agora. Essa necessidade de partir para a prática”, disse Silvana Aquino.

Toda esta importância do tema escolhido para a ABRH voltar aos super eventos, refletiu-se no próprio Congresso realizado nos últimos dias 25 e 26 de agosto em Manaus, que foi considerado pela presidente Silvana Aquino como um dos primeiros maiores eventos sobre ESG no Brasil. Mais de 40 palestrantes; 65 empresas expositoras e 300 empresas envolvidas garantiram o sucesso do evento que atraiu mais de 4 mil pessoas ao Vasco Vasques.

Falar de sustentabilidade no âmbito das empresas bem no coração da Amazônia não podia ser diferente. E o selo ABRH-AM dá o sinal de urgência em que as empresas brasileiras precisam tramitar novos processos olhando para o futuro.

Ah, lembre-se de dar uma passadinha em nossas redes sociais para assistir à entrevista completa das executivas ao Trends JC. Até sexta-feira, pessoal.

Fonte: JCAM

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