No total, 1.150 mulheres que deram à luz nos últimos quatro anos participaram da pesquisa, realizada na Holanda
Mais de duas em cada cinco mulheres grávidas e novas mães disseram enfrentar alguma forma de discriminação no trabalho ligada à maternidade. Foi o que revelou o Instituto Holandês de Direitos Humanos. Em seu último relatório quadrienal, a organização disse que, infelizmente, não houve melhorias desde 2012. No total, 1.150 mulheres que deram à luz nos últimos quatro anos participaram da pesquisa. “A discriminação relacionada à gravidez continua sendo um grande problema no mercado de trabalho holandês”, afirma a pesquisa, publicada pelo College Voor de Richten van de Mens.
Fatos e números:
– 1 em cada 5 mulheres foi rejeitada nas candidaturas devido à gravidez, maternidade ou desejo de ter filhos.
– 1 em cada 3 (34%) mulheres que estavam prestes a assinar um novo contrato disse que as condições mudaram ou foram rejeitadas no último minuto por causa de sua gravidez.
– Quase metade (49%) de todas as mulheres em trabalhos temporários não tiveram seus contratos renovados por causa de sua gravidez ou, em alguns casos, não foram convertidos em um contrato permanente.
– Um quarto (26%) de todas as funcionárias que engravidam são discriminadas em termos de condições de trabalho. Elas perdem promoções, aumentos salariais ou bônus, não podem seguir cursos de capacitação ou têm problemas com o retorno ao trabalho após a licença-maternidade.
– 34% das mulheres suspeitas de serem discriminadas identificam suas experiências como discriminação, mas apenas 11% que procuram emprego e se sentem discriminadas denunciam.
“Como resultado, algumas mulheres trabalham abaixo de seu nível, acham que recebem um salário menor do que deveriam ou têm um relacionamento pior com o chefe devido à gravidez”, diz Adriana van Dooijeweert, presidente do Instituto Holandês de Direitos Humanos. Por isso, o Instituto recomenda ao governo nacional, em particular ao Ministério dos Assuntos Sociais e Emprego, que promova o cumprimento da legislação de igualdade de tratamento o mais rapidamente possível, a fim de combater a discriminação na gravidez. “Os empregadores devem ter ferramentas para estarem bem informados sobre a legislação e serem convidados a discutir esse tema no local de trabalho”, disse Adriana.
Foto: Getty Images
Fonte: Revista Crescer