Coluna Mais Negócios – Instituições unem forças para criar parque tecnológico no Amazonas

A ciência e a tecnologia finalmente começam a caminhar em compasso no Amazonas. Em um estado onde as instituições envolvidas em pesquisa historicamente avançam em ritmos distintos, e muitas vezes de forma isolada, a decisão do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Amazônia Ocidental, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), da Faculdade de Tecnologia da Universidade Federal do Amazonas (FT/UFAM), do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) de assinarem um protocolo de intenções para a criação do ‘Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação da Amazônia’ (PC&TIA) representa um movimento raro, simbólico e, sobretudo, necessário para alinhar o ecossistema científico às demandas reais de desenvolvimento do Estado.

A assinatura ocorreu durante o evento ‘Água e suas Potencialidades’, ocorrido na tarde da quinta-feira (27/11) no INDT, reunindo projetos, palestras e discussões que evidenciaram o quanto o Amazonas já possui de infraestrutura científica, e o quanto ainda falta de integração para transformar conhecimento em impacto socioeconômico real.

No centro das falas, uma constatação: o estado tem capacidade instalada, laboratórios, pesquisadores de excelência e tradição em áreas estratégicas, mas ainda opera com ilhas de competência. A criação de um parque tecnológico não nasce apenas como um projeto institucional, surge como uma tentativa de corrigir um problema histórico de fragmentação.

O professor Roberto Lavor, presidente do Conselho Consultivo do INDT, sintetizou essa percepção ao afirmar. “Foi um encontro de grande relevância para o Amazonas porque houve, pela primeira vez em muito tempo, a reunião de instituições importantes para o Estado, com o objetivo de unir esforços e mostrar que nós temos, sim, um parque tecnológico capaz de construir pontes entre capacidades e infraestruturas já existentes em prol da ciência e da tecnologia no Amazonas.”

A fala de Lavor ilumina um ponto central: o Amazonas não precisa ‘inventar’ um parque tecnológico do zero; precisa conectar o que já existe, e que funciona, com uma governança capaz de transformar ciência em soluções aplicadas.

Representantes das seis instituições reforçaram esse diagnóstico. A Fapeam destacou o caráter prático da união. A Embrapa Amazônia Ocidental classificou o encontro como a realização de um sonho antigo, apontando que a integração pode reduzir burocracias e ampliar o alcance das pesquisas. A Faculdade de Tecnologia da Ufam ressaltou a necessidade de otimizar infraestrutura e custos. O CBA lembrou que o parque pode aumentar o impacto sobre a bioeconomia. O Inpa reforçou a importância da convergência institucional. E o próprio INDT posicionou o projeto como estratégico para o desenvolvimento regional.

É uma agenda promissora, mas que exigirá mais do que boas intenções. O Amazonas acumula iniciativas semelhantes que não avançaram por ausência de continuidade política, indefinição de modelo de gestão ou dificuldade de alinhar interesses entre instituições.
O próximo encontro já tem data marcada para sexta-feira (5/12), indicando que há disposição em manter o diálogo ativo. Se esse ritmo se mantiver, o PC&TIA pode finalmente se tornar o ecossistema integrado que o Amazonas tenta construir há mais de duas décadas, e que a bioeconomia, a indústria e os novos negócios da floresta tanto precisam.

WWF transforma causa em modelo de negócio sustentável

A WWF-Brasil acaba de lançar sua loja virtual com camisetas inspiradas na natureza brasileira, em parceria com a plataforma ‘Uma Penca’. À primeira vista, trata-se de uma ação de engajamento, mas o movimento revela algo maior: uma estratégia comercial que fortalece a sustentabilidade financeira da organização sem abrir mão do propósito socioambiental.

As peças são produzidas sob demanda, em algodão certificado e sem estoque acumulado, um modelo alinhado ao discurso de baixo impacto que a WWF defende. Mais do que isso, o lucro líquido das vendas será reinvestido nas ações de conservação, garantindo um fluxo adicional de recursos num cenário em que o terceiro setor enfrenta dependência crescente de doações e oscilações no financiamento.

A iniciativa transforma a ONG em participante ativa da economia criativa, usando sua força de marca para gerar receita de forma ética e transparente. Ao conectar produto, propósito e causa, a WWF amplia sua presença no mercado e cria um canal que combina educação ambiental, engajamento e sustentabilidade financeira, equilíbrio raro e cada vez mais necessário. Sem contar que é super positivo para aquele cliente engajado e que quer fazer a diferença! Eu amei!!

Aeroporto de Manaus acelera expansão comercial e atrai novas marcas

O Aeroporto Internacional Eduardo Gomes segue acelerando sua transformação comercial. Nesta semana, entraram em operação o ‘Raiz Cozinha Funcional’ e o Fat Guys Hamburgers’, ampliando a oferta gastronômica no terminal e reforçando a estratégia da Concessionária dos Aeroportos da Amazônia, integrante da rede VINCI Airports.

Em um ano, já são 26 novas operações em funcionamento, entre marcas nacionais, internacionais e negócios locais, que passaram a enxergar o aeroporto como vitrine de alto fluxo. A ideia é reposicionar o terminal como um hub regional, diversificando receitas e melhorando a experiência dos passageiros, além de estimular a economia do entorno com novos fornecedores e empregos.

A expansão integra o programa de investimentos da concessionária, que inclui modernização de infraestrutura e serviços alinhados a padrões internacionais. Se mantido o ritmo, o aeroporto tende a consolidar-se como um polo de negócios e consumo, e não apenas como ponto de embarque e desembarque.

JSK avança no varejo de alimentação e reforça estratégia de crescimento

A JSK Burgers inaugurou duas novas unidades em Manaus: uma no Park Mall e outra no Manauara Shopping. Com as aberturas, a rede chega a 11 operações ativas na capital.

Para essas duas novas lojas, a empresa contratou 30 profissionais, entre atendentes, auxiliares de cozinha, operadores de caixa e motoboys. Parte da equipe foi treinada antecipadamente para garantir padronização no atendimento.

A unidade do Park Mall passou por completa reformulação após a negociação com o antigo ponto, enquanto a do Manauara Shopping é considerada uma das operações mais modernas da marca, resultado de um projeto de seis meses.

A JSK também lançou sua primeira lojinha oficial, no Park Mall, com produtos personalizados para os clientes que curtem a marca.

RÁPIDAS & BOAS

No sábado (29/11), das 9h30 às 12h, acontece o lançamento da biografia ‘Sócrates Bomfim (1908–1984)’ e da Coleção Sócrates Bomfim, um dos nomes mais visionários da história intelectual local. O evento, fechado para convidados, será na Valer Teatro, espaço multicultural com livraria.

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Nos dias 1º e 2/12, acontecerá o Amazon IA Summit, com programação dedicada ao uso da Inteligência Artificial em negócios, marketing e empreendedorismo. O evento será no Centro de Convenções Vasco Vasques. Os ingressos estão sendo vendidos pelo link (https://tinyurl.com/kmjmcn9a).

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Empresas amazonenses serão reconhecidas em São Paulo pelo ‘Selo Empresa Amiga do Migrante 2025’, promovido pela ONG ‘Visão Mundial’ por meio do projeto ‘Ven, Tú Puedes!’ A certificação premia organizações que contribuíram para a empregabilidade e inclusão socioeconômica de migrantes e refugiados em Manaus, Boa Vista e São Paulo. O evento ocorre no Roca Gallery, na próxima quinta-feira (3/12). Entre as empresas já reconhecidas em edições anteriores estão Bemol, Teleperformance, ADP, Coca-Cola FEMSA e Direcional. A iniciativa reforça a importância da diversidade no setor.

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