A economia do Amazonas cresceu 2,56% em setembro de 2025, desempenho acima da média nacional. O resultado foi influenciado pela expansão da produção de Eletroeletrônicos e Bens de Informática e pelo aumento do volume de cargas no modal aéreo.
Os dados constam no Painel da Economia Amazonense (PEA), elaborado pela Área de Indicadores do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM) e divulgado nesta semana.
O Índice de Atividade do Banco Central (IBCR-AM) marcou 113,07 pontos em setembro, 13% acima da média de 2022. Diferenças entre informações do IBGE e da gência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sobre o refino de petróleo sugerem que o indicador poderia ter registrado avanço maior.
Segundo Lúcio Flávio Morais de Oliveira, presidente executivo do CIEAM, “os resultados confirmam que o Amazonas vive um momento de retomada estrutural do parque fabril, com reação significativa nos segmentos de Informática e Eletrônicos”.
Polo Industrial cresce
A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Sufrana) informou que o faturamento do Polo Industrial de Manaus (PIM) alcançou R$ 20,07 bilhões em setembro, alta de 5,7% sobre agosto e de 9,5% na comparação anual. Foi o terceiro mês seguido de expansão.
A produção de celulares avançou 45% e retornou ao nível de 1 milhão de unidades no mês. O setor de ar-condicionado também registrou crescimento próximo de 10%.
“O desempenho do PIM em setembro mostra que as empresas estão recompondo estoques para um final de ano mais aquecido”, afirma o professor André Costa, coordenador da Área de Indicadores do CIEAM.
Extrativismo recua
A indústria extrativista, ligada a petróleo, gás e líquidos de gás natural, mostrou queda de 0,3%, acompanhando os dados da Agência Nacional do Petróleo.
A retração não alterou a trajetória de alta da indústria de transformação, que permaneceu como principal componente do crescimento estadual.
Queda nas importações
Os dados de comércio exterior, normalmente divulgados com maior rapidez, já mostram sinal amarelo para o último trimestre.
Em outubro, as importações destinadas ao PIM diminuíram 12%, somando US$ 1,1 bilhão. Metade da redução se concentrou no modal aéreo, dominante para Informática e Eletrônicos, indicando possível acomodação na produção desses segmentos.
Lúcio Flávio Morais de Oliveira pondera que o crescimento em setembro equilibra os números de outubro. “Há elementos de atenção para os próximos meses, mas o desempenho de setembro cria um colchão que pode sustentar o fechamento positivo do ano”.
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Fonte: Real Time 1.
